O que são as comunidades indígenas, e porque o TBC pode ser um caminho de preservação destas culturas?
Em 1500 eram 4 milhões de índios no Brasil. Hoje, de acordo com o IBGE (2020) são menos de 1 milhão espalhados em 5494 aldeias, em 827 municípios. sendo que, 632 estão em terras delimitadas. Isso não te assusta? É muita diferença!
Ao longo dos anos povos indígenas brasileiros, vêm sendo desrespeitados, marginalizados e tendo seu modo de vida desvalorizado. Por isso se tornou tão sensível e crítica a situação destas comunidades. E independente de terem o TBC ou não como modelo de gestão como um dos meios de conservação, eles têm em sua essência culturas ricas, diversificadas, e traços diferentes entre as tribos.
Mas, em suas similaridades estão:
+ Valorização e o contato direto com a natureza,
+ Respeito máximo com os anciãos,
+ Práticas espirituais animistas,
+ Modo de vida sustentável com o meio ambiente,
+ Fabricação de utensílios (argila/madeira/palha/penas),
+ Pinturas corporais para caça, e festas religiosas.
Os povos indígenas no Brasil, vêm corajosamente resistindo às pressões externas para terem seus direitos garantidos, o que não tem sido fácil. Mas, o TBC vem se mostrando uma forma real de apoio ao fortalecimento cultural e dos laços internos, criando identidade, e reforçando o sentimento de pertencimento, já que a cultura do branco imposta à eles acaba atraindo os mais jovens para as cidades, geração de emprego e renda, e resistência na comunidade, onde a mesma passa a ter um olhar mais profundo sobre si mesmo.
O papel do TBC nas comunidades indígenas tem se mostrado então como forma de garantir o modo de vida tradicional e a defesa do território.
Um olhar curioso e um ouvido atento são essenciais para que o TBC se concretize em sua máxima experiência. Estamos aqui para apoiar estas iniciativas!
E você, conhece alguma prática de TBC dentro de comunidades indígenas? Já participou de alguma experiência nessas comunidades aqui no Brasil?
Conte pra gente!
Texto: Jeisiane Rosa
Imagens: Indígenas da Ilha do Bananal da etnia Karajá e Javaé
Arte: Lohraynne Fernandes